sexta-feira, 6 de março de 2009

O abandono precoce

Não se sabe se foi por um dia, ou se por mais tempo
Não sei ouvir nem esperar, não sei querer nem mostrar.
Não se sabe, e jamais foi dito, se valeu a pena ou se ninguém se lembra
Não sei andar nem parar, não sei chorar nem falar

Nunca se falou em solidão na multidão
Sei sobreviver e fugir, sei mentir e viver
Nunca se falou em abandono
Mas sei que escrevo para deixar para trás o que trouxe na bagagem

Jamais me pediram desistência
Jamais me deram vontade
Sei pedir mas não sei esperar
Sei calar mas quero gritar


*

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!!!!

Também pensei nela.

Mais 1 ano se passou e a interrogação permanece.

BJs, Bjs
Saudades
Homy